
Com uma hora de atraso do nosso vôo, chegamos, Fernando “Planeta Água” e eu em Fortaleza para preparar o Entre Pólos para a travessia rumo a Trinidad, minha primeira ilha do Caribe.
Foram cinco dias de peregrinação, documentos, compras, abastecimento (foto abaixo), limpeza,

Conversamos com outros velejadores buscando informações sobre Trinidad, tivemos ajuda dos velejadores Fred e Beto (veleiro Lula). Ao nosso lado na Marina Park havia um veleiro Espanhol, Antônio e sua companheira, que nos deu importantes informações e também nos cedeu um programa de cartas que eu já conhecia (Maxsea). Sua mulher gentilmente instalou em meu computador. - “Beleza, agora tenho três programas de cartas, vou tentar eleger o melhor”.
Na tarde do dia 6/12 às 16:30 saímos. Tirando a âncora percebi um barulho no hélice,

Estamos velejando a 38 Horas. Nosso primeiro dia fizemos com a grande rizada, pois apesar do vento ter diminuído, apenas na manhã do dia 7/12 subimos toda vela grande. De dia o vento foi fraco, media 10 nós, e foram só 145 milhas nas primeiras 24h. Armado com grande toda com pau spi, com amuras a BB, vento de alheta.
Na noite voamos baixo. Acho que vai melhorar a nossa marca, e melhorou, fizemos 180 milhas. Às 11 horas do dia 9/12 fundeamos em frente de uma enorme duna na Ilha dos Lençóis no

O lugar é de uma beleza particular inigualável, vale a pena para quem sobe ao Caribe fazer um pit stop. Não se desvia muito e é fácil entrar. Fique sabendo desta ilha acompanhando o site do veleiro Maracatu, com os relatos do Helio Viana na sua passagem por lá em 2006, no catamaran Caca Maumau, e as informações do Harley, insistindo que deveria conhecer o lugar.
Fundeamos entre duas ilhas, a de Lençóis e a Bate Vento, as duas com um pequeno povoado de pescadores. Tem uma pousada na Ilha dos Lençóis, um orelhão em cada Ilha, só o da Bate Vento estava funcionando. Fomos de bote tentar falar com as famílias, eu não conseguí só o Fernando. No outro dia, antes de partir, estávamos sem gasolina para ir até Bate Vento, passou o pescador

O fundeio é bem tranqüilo, tem uma forte correnteza com a variação da maré. Fundeamos com cinco metros e em seguida já estava com onze. Assamos uma carne no forno e em seguida, vencidos pelo cansaço. fomos dormir e dormimos uma noite parados sem balançar.
Para quem quiser passar por lá vale a pena, segue nossos pontos todos com profundidade boa, media 5 metros.
LENÇÓIS 1 ( 01. 21,368’S ) ( 044. 52,723’W )LENÇÓIS 2 ( 01. 21,381’S ) ( 044. 53,393’W )LENÇÓIS 3 ( 01. 21,318’S ) ( 044. 53,601’W )LENÇÓIS 4 ( 01. 21,287’S ) ( 044. 53,745’W )LENÇÓIS 5 ( 01. 21,214’S ) ( 044. 53,850’W )LENÇÓIS 6 ( 01. 21,100’S ) ( 044. 53,936’W )LENÇÓIS 7 ( 01. 20,901’S ) ( 044. 53,910’W )FUNDEIO ( 01. 20,208’S ) ( 044. 53,628’W )

Cruzamos a latitude de zero grau, linha do Equador em 11/12 às 2:30h da madrugada,


No dia seguinte, 14/12 no través de Cayene, na hora que eu estava preparando um carreteiro, tivemos que preparar o barco pois fechou o tempo, grande no segundo rizo, genoa enrolada, o

Dia 14/12 marcamos 189 milhas 24 horas, o tempo continua fechado com muitas ondas e vento fraco às vezes é preciso motor, a chuva volta de vez em quanto a nos visitar. No traves do Suriname ficamos meio alerta, encontramos muitos pesqueiros e os relatos que tenho desta região não são nada bons. Quando saímos dos Lençóis fiz um ponto em Cayene a 54 milhas da costa, que foi o ponto mais próximo da costa que velejamos, o mais longo chegou a 140 milhas.
15/12 fizemos 187 milhas. O pão acabou, fui fazer alguns pães pois ainda faltam dois ou três dias para Trinidad. Bem na hora que estou preparando os pães, entrou outra pauleira, com chuva

O pão ficou maravilhoso, fiz três pois só cabem três formas no forno. Este pão, é receita de família chamado pão da Muti. Muti é como chamo minha mãe desde ter aprendido a falar, por ser de origem Alemã. O pão barqueiro, quero dizer, caseiro tem seu valor mesmo feito no meio da pauleira, e tem um prazo de validade muito bom. Para quem quiser experimentar, aí vai a receita do pão da Muti.
Receita para dois pães.
Preparar FermentoUma Colher de Fermento ou um Sache (Fleischmann)Uma Colher de Sopa Rasa de Açúcar.Meia Xícara Água Morna (temperatura Bebe)Duas Colheres de Trigo.Misturar Com a Colher Esperar por 10 Minutos.Preparar o trigoUm Kg de Trigo (Obs. Deixar umas 100 Gramas pra ir misturando)Uma Colher de Sopa Rasa de Sal.Duas colheres de Sopa Rasas de Margarina.Uma Colher de Chá de Vinagre (Obs. Se for inverno Não Precisa)Untar a Forma com Margarina ou azeite e trigo.Aquecer + ou – Duas xícaras de Água temperatura Bebe.Colocar o Fermento e Misturar.Amassar o Pão Com Água Morna Regulando Até dar Liga.Por na Forma Até Dobrar de Volume.Levar ao Forno Por 45 a 60 Minutos a 180 a 200 Graus.Obs.: Para três pães acrescentar 50% dos ingredientes.
Preparar FermentoUma Colher de Fermento ou um Sache (Fleischmann)Uma Colher de Sopa Rasa de Açúcar.Meia Xícara Água Morna (temperatura Bebe)Duas Colheres de Trigo.Misturar Com a Colher Esperar por 10 Minutos.Preparar o trigoUm Kg de Trigo (Obs. Deixar umas 100 Gramas pra ir misturando)Uma Colher de Sopa Rasa de Sal.Duas colheres de Sopa Rasas de Margarina.Uma Colher de Chá de Vinagre (Obs. Se for inverno Não Precisa)Untar a Forma com Margarina ou azeite e trigo.Aquecer + ou – Duas xícaras de Água temperatura Bebe.Colocar o Fermento e Misturar.Amassar o Pão Com Água Morna Regulando Até dar Liga.Por na Forma Até Dobrar de Volume.Levar ao Forno Por 45 a 60 Minutos a 180 a 200 Graus.Obs.: Para três pães acrescentar 50% dos ingredientes.

Velejamos todo o tempo no meio destas ondas desencontradas, nem nosso terceiro tripulante reclamou, Toni Tornadol “piloto Automático”
À noite, às vezes estrelada, e às vezes passava uma nuvem e desabava uma água para nos

16/12 fizemos a mesma singradura do dia anterior 187 milhas, um relógio, parece tomada de tempo de corrida de automóvel.
Nossa última noite navegando estamos a menos de 200 milhas, a noite foi horrível uma tempestade atrás da outra, muito trafego de navio muitas plataformas de petróleo, não dormimos nada. Amanheceu, mais chuva e vento. Chegamos na marina em Chaguaramas, Trinidad às 13 horas do dia 17/12 depois de uns cinco temporais
.
1774 Milhas em 10 dias e 19.30 Horas, menos 24 Horas parados na Ilha dos Lençóis. Horas navegadas, 235.30 Horas, desde Fortaleza, velocidade media 7.35nós, 85 Horas de motor, 150.30 Horas velejando.
Atracamos no píer da imigração e fomos direto dar entrada, foi difícil, pelo idioma, quando estava preenchendo um monte de papeis olhei o cidadão ao lado, era velejador de Porto Alegre, Tatu, nos deu a maior força com as formalidades e com a marina onde ficamos bem instalados, Marina Crewsinn (Ponte Gourde Chaguaramas Bay). Telefonamos para a família, jantamos no barco e
apagamos, vencidos pelo cansaço.
18/12 apesar de ter pago por internet wi-fi, não estou conseguindo conectar vou aguardar, se não funcionar até amanhã vou reclamar na Marina. Fomos passear conhecer a marina comprar passagem para o Fernando, visitar as lojas náuticas e as marinas, no retorno fizemos um lanche e voltamos a imigração para fazer a saída do Fernando e os papeis de embarque da nova tripulação, Cleuza, Junior e Tayná, que chegarão dia 28/12. E a chuva não da trégua dizem que faz quase um mês que não para de chover por aqui.
A noite nos reunimos combinamos um churrasco na churrasqueira da marina, cada um levou alguma coisa cerveja carne salsichão, estávamos entre sete Brasileiros um Holandês e sua
companheira da Nova Zelândia. Eu, Fernando, tatu, Marcelo Aaron, Alexandra, Luciano Zin, Igor. Também foi a despedida do Fernando que pela manhã iria voltar para o Brasil.
Agradeço ao Fernando em especial, pela parceria nesta viagem, é um privilegio tê-lo como amigo e tripulante no Entre Pólos.
Aqui os dias na Marina vão se passando com muito trabalho para organizar o barco, pequenos consertos. Agora o bimini e o dog já estão impermeabilizados, desmontei o carburador do motor do dingue, ficou show, troquei filtros e óleo do motor do barco, visitei outros barcos, já fui a todas as lojas náuticas e marinas aqui em Chaguaramas, muitas lojas e muitas marinas, é de doer nos bolsos.
24/12. Hoje é Natal fizemos uma janta no Entre Pólos, assei no forno um entrecot que trouxe do Brasil, o Paulista Helio do veleiro Crapum fez uma massa com molho de camarão, o Gaucho do veleiro Tritom Luciano Zim fez a salada, pra acompanhar um licor de Porto Belo, e muita cerveja.
Próxima perna com a família, TRINIDAD A ST. MARTIN.


Nossa última noite navegando estamos a menos de 200 milhas, a noite foi horrível uma tempestade atrás da outra, muito trafego de navio muitas plataformas de petróleo, não dormimos nada. Amanheceu, mais chuva e vento. Chegamos na marina em Chaguaramas, Trinidad às 13 horas do dia 17/12 depois de uns cinco temporais

1774 Milhas em 10 dias e 19.30 Horas, menos 24 Horas parados na Ilha dos Lençóis. Horas navegadas, 235.30 Horas, desde Fortaleza, velocidade media 7.35nós, 85 Horas de motor, 150.30 Horas velejando.
Atracamos no píer da imigração e fomos direto dar entrada, foi difícil, pelo idioma, quando estava preenchendo um monte de papeis olhei o cidadão ao lado, era velejador de Porto Alegre, Tatu, nos deu a maior força com as formalidades e com a marina onde ficamos bem instalados, Marina Crewsinn (Ponte Gourde Chaguaramas Bay). Telefonamos para a família, jantamos no barco e
18/12 apesar de ter pago por internet wi-fi, não estou conseguindo conectar vou aguardar, se não funcionar até amanhã vou reclamar na Marina. Fomos passear conhecer a marina comprar passagem para o Fernando, visitar as lojas náuticas e as marinas, no retorno fizemos um lanche e voltamos a imigração para fazer a saída do Fernando e os papeis de embarque da nova tripulação, Cleuza, Junior e Tayná, que chegarão dia 28/12. E a chuva não da trégua dizem que faz quase um mês que não para de chover por aqui.
A noite nos reunimos combinamos um churrasco na churrasqueira da marina, cada um levou alguma coisa cerveja carne salsichão, estávamos entre sete Brasileiros um Holandês e sua

Agradeço ao Fernando em especial, pela parceria nesta viagem, é um privilegio tê-lo como amigo e tripulante no Entre Pólos.
Aqui os dias na Marina vão se passando com muito trabalho para organizar o barco, pequenos consertos. Agora o bimini e o dog já estão impermeabilizados, desmontei o carburador do motor do dingue, ficou show, troquei filtros e óleo do motor do barco, visitei outros barcos, já fui a todas as lojas náuticas e marinas aqui em Chaguaramas, muitas lojas e muitas marinas, é de doer nos bolsos.
24/12. Hoje é Natal fizemos uma janta no Entre Pólos, assei no forno um entrecot que trouxe do Brasil, o Paulista Helio do veleiro Crapum fez uma massa com molho de camarão, o Gaucho do veleiro Tritom Luciano Zim fez a salada, pra acompanhar um licor de Porto Belo, e muita cerveja.
Próxima perna com a família, TRINIDAD A ST. MARTIN.

